Seis + dois é amor que basta

(Mais uma bela crônica da jornalista Sáride Maíta. Colaboradora do cerebro y tripas,  direto de São Luís - MA. )



Me ensinaram que pau que bate em Júlia bate em Pedro. Nunca fomos do tipo de passar mais de um dia sem brigar, mas não teve um só dia que - mesmo sem pedir desculpas verbal ou desmanchar a cara feia - tenhamos dormido sem ter amado um ao outro.

Nunca conheci amor mais verdadeiro. Sempre lá, sempre aqui, sempre em todo lugar. Passei a vida inteira vendo pessoas desesperadas para encontrar o amor de suas vidas. E embora tenho sofrido tantas outras na busca precoce e até desesperada pelo meu príncipe encantado, sempre soube que o grande amor da minha vida estava ao meu lado.

Trocamos beijos, abraços, carícias e desaforos. E recolher o orgulho nunca é tão gratificante do que quando, depois de uma briga intensa, a gente faz as pazes. Tem cheiro, olhar, mãos, palavras, vinho e desejo.

Foi um, somado a dois, mais dois e para continuar somando, mais um. Seis nunca foi uma conta fácil. E amar antes de qualquer coisa, a única regra. Coração que não cabe Luama, não cabe Luanda, nem Júlia, nem Pedro, nem Maria, nem Eu!

Sorriso, Tourão, Jububa, Pedão e Cu de Pinto. E o mais bonito é o amor. Cada um tem um jeito e ninguém escolheu ser diferente. O amor de tão livre ganhou o mundo, não coube dentro do peito. Somou mais dois por amor, não por piada. Primo galego com nome de rei é coisa farta!  Nunca conheci amor mais verdadeiro.

Já repartimos um ovo, disputamos corrida, cantamos ciranda, brincamos de pique esconde, choramos por meninos, por meninas e brindamos! Já encontramos o amor de nossas vidas. Não cabe amor, e se não cabe amor, Bebê, já não carece de caber sorriso.

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