O Coletor traz a poesia do cotidiano


Coletando as imagens do mundo e traduzindo-as em palavras, ritmos e sensibilidade, a escritora salgueirense Raiza Figuerêdo estreia na literatura.

Publicado pela Confraria do Vento, O Coletor traz a poesia do cotidiano a partir de elementos aparentemente insignificantes para a maioria de nós.

Raiza se coloca dentro do ofício de poeta, como um escavador que descobre tesouros arqueológicos. Escava objetos e cenas. Cimento, asfalto, prédios, cadeiras na calçada. E reflete sobre o próprio processo de criar e escrever.

Aliás, na primeira parte do livro, ela discorre poeticamente sobre a inspiração, o ofício e a matéria-prima do poeta.

Na segunda parte, poetisa memórias e a cidade, ora a metrópole, provavelmente, Recife, local onde vive, ora o interior da sua infância, Salgueiro, já afetado pelas mudanças da modernidade.

As associações são frequentes e nos mostram como tudo está potencialmente grávido de palavras e sentidos.

Nesse sentido, a capa de O Coletor remete ao poema Peixe, um encadeamento de significados e memórias a partir de uma imagem e que, muito bem, descreve o processo de Raiza de ver além dos limites materiais de tudo.

O livro pode ser comprado nos sites
www.confrariadovento.com e
www.martinsfontespaulista.com.br. Custa R$ 30,00. 

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