Nessa sexta-feira (19), o segundo dia de programação da I Feira da
Poesia Popular do Pajeú, realizada em São José do Egito pela
Companhia Editora de Pernambuco – Cepe, em parceria com as
prefeituras da região, poetas discutiram a formação de um Conselho
Editorial do Pajeú.
O
objetivo é reunir representações dos municípios da região para a
seleção anual de 3 livros e 10 cordéis que serão publicados pela
editora pernambucana.
A
poeta cordelista Isabelly Moreira explicou que o regimento do
Conselho Editorial da Cepe servirá de modelo, mas passará por
adaptações à realidade do Pajeú. “O conselho é um divisor de
águas muito claro por um motivo muito simples: o Pajeú é uma das
regiões do estado de Pernambuco que mais publica livros, dadas as
proporções”, argumentou a autora.
Isabelly
justificou que, com a implantação da proposta, uma das dificuldades
que será resolvida é a inabilidade de muitos poetas em lidar com a
logística inerente à produção de um livro. “A gente tem
dificuldades de realizar os livros, não temos diagramadores,
designer, ilustrador de capa. O poeta tem uma captação limitada de
recursos. Não tem dinheiro para viajar a feiras e pagar por
estandes. Então o conselho editorial é uma das formas de resolver
esses problemas.”
De
acordo com ela, é a primeira vez que uma editora admite que a
produção do Pajeú está em alta e que é preciso lançar uma luz
sobre esse cenário.
O
superintendente de Marketing e Vendas da Cepe, Tarcísio Pereira,
espera já fazer o lançamento de uma antologia com as mesas de
glosas da I Feira, durante a Festa do Louro, em janeiro de 2019.
“Acredito que essa primeira experiência vai servir de exemplo para
outras regiões. Quem sabe, futuramente, nós teremos conselhos
editoriais em outras regiões”, disse.
Além
da Roda de Diálogos sobre o Conselho Editorial do Pajeú, houve uma
contação de histórias baseada no livro Dianimal com Alexandre
Revoredo, uma mesa da Revista Continente com a presença de mulheres
poetas do Pajeú, a apresentação da dupla de violeiros Adelmo
Aguiar e Denilson Nunes e a mesa de glosas. Os grupos Forró Rimado,
de Tuparetama, e A Cristaleira, de Triunfo, também se apresentaram.
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