Seis + dois é amor que basta
Me ensinaram que pau que bate em Júlia bate em Pedro. Nunca fomos do tipo de passar mais de um dia sem brigar, mas não teve um só dia que - mesmo sem pedir desculpas verbal ou desmanchar a cara feia - tenhamos dormido sem ter amado um ao outro.
Nunca conheci amor mais verdadeiro. Sempre lá, sempre aqui, sempre em todo lugar. Passei a vida inteira vendo pessoas desesperadas para encontrar o amor de suas vidas. E embora tenho sofrido tantas outras na busca precoce e até desesperada pelo meu príncipe encantado, sempre soube que o grande amor da minha vida estava ao meu lado.
Trocamos beijos, abraços, carícias e desaforos. E recolher o orgulho nunca é tão gratificante do que quando, depois de uma briga intensa, a gente faz as pazes. Tem cheiro, olhar, mãos, palavras, vinho e desejo.
Foi um, somado a dois, mais dois e para continuar somando, mais um. Seis nunca foi uma conta fácil. E amar antes de qualquer coisa, a única regra. Coração que não cabe Luama, não cabe Luanda, nem Júlia, nem Pedro, nem Maria, nem Eu!
Sorriso, Tourão, Jububa, Pedão e Cu de Pinto. E o mais bonito é o amor. Cada um tem um jeito e ninguém escolheu ser diferente. O amor de tão livre ganhou o mundo, não coube dentro do peito. Somou mais dois por amor, não por piada. Primo galego com nome de rei é coisa farta! Nunca conheci amor mais verdadeiro.
Já repartimos um ovo, disputamos corrida, cantamos ciranda, brincamos de pique esconde, choramos por meninos, por meninas e brindamos! Já encontramos o amor de nossas vidas. Não cabe amor, e se não cabe amor, Bebê, já não carece de caber sorriso.
Nenhum comentário: