Foto: Robert Doisneau
Queria, de uma vez, me
decepcionar com você. Ser ferida e magoada. Conhecer seu lado desprezível e
raso, inapropriado para mergulhos profundos. E presenciar sua estupidez. Mas
você me trata tão bem, é tão cuidadoso com as palavras e quer sempre saber como
estou... E demonstra saber meus gostos e se interessa por meus planos...
Difícil não gostar de você, que
parece estar sempre informado por onde andei e o que fiz. E cada elogio seu... se você soubesse (eu sei que sabe), na
verdade, se você tivesse consciência, não o faria, nem perguntaria sobre o meu
coração porque me acende uma faísca de esperança de que você quer saber se tem
espaço para entrar nele.
Me trate mal, por favor. Ou me
ignore. Ou faça a caridade de não me dar atenção completa e imediata e, ainda,
cometa erros graves de gramática e concordância quando falar comigo. Quem sabe eu
me curo de enxergar tanto encanto. Paro de achar que só daria certo com você, e
que, nos outros, sempre vai faltar algo e vai ficar um vazio.
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